O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, fez declarações controversas em uma entrevista recente, acusando o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chileno Gabriel Boric de serem agentes da CIA. Saab, um aliado do regime de Nicolás Maduro, afirmou que Lula foi cooptado durante seu tempo na prisão e que sua postura atual é incompatível com suas origens políticas. Ele expressou ceticismo sobre a legitimidade da vitória de Lula nas eleições, fazendo comparações com a reeleição de Maduro, que também enfrentou desafios de legitimidade.
Saab criticou a atitude de Lula em relação ao governo venezuelano, especialmente após as eleições de julho, onde o brasileiro não reconheceu a vitória de Maduro. Ele questionou a legitimidade das críticas feitas por Lula e Boric, insinuando que ambos não têm autoridade para se envolver nos assuntos internos da Venezuela. As declarações de Saab refletem uma tensão crescente entre os governos da Venezuela e do Brasil, especialmente em um contexto de divergências políticas e ideológicas na América Latina.
Além de suas críticas a Lula e Boric, Saab é conhecido por sua postura agressiva contra opositores e ativistas na Venezuela. Após a reeleição de Maduro, ele solicitou prisões de líderes que se opõem ao regime, o que levanta preocupações sobre os direitos humanos e a repressão política no país. Saab, que tem um histórico de envolvimento com o governo chavista, continua a desempenhar um papel central na manutenção do poder de Maduro, ressaltando as complexas dinâmicas políticas na região.