O prefeito de Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela, foi preso por serviços de inteligência do governo, gerando protestos e declarações de oposição sobre a falta de justificativa para a detenção. Rafael Ramírez, eleito em 2021, é criticado por seu partido, que classifica a prisão como arbitrária e ilegal, afirmando que a detenção ocorreu enquanto ele exercia funções oficiais. O partido também pediu a libertação imediata de Ramírez, além de exigir respeito às instituições públicas.
O Ministério Público da Venezuela, vinculado ao governo, anunciou a abertura de um processo contra o prefeito por suspeitas de corrupção, indicando que um promotor especializado foi designado para investigar denúncias contra funcionários da Prefeitura. O órgão afirma ter coletado provas suficientes para a acusação, que serão apresentadas em tribunal nas próximas horas. Essa ação ocorre em um clima político tenso, com a oposição denunciando abusos de poder e a repressão a líderes opositores.
A situação se agrava em um contexto de crise política, após a reeleição do presidente, considerada fraudulenta por diversos grupos de oposição. Desde o início do ano, mais de 150 líderes da oposição foram presos, enquanto manifestações contra o governo resultaram em um saldo trágico de mortos e feridos. A capital do estado de Zulia, onde Maracaibo se localiza, é um reduto histórico da oposição, e as ações recentes do governo estão gerando um clamor crescente por justiça e liberdade política.