O presidente da Rússia anunciou que não participará da Cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, em decorrência de uma ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Durante um encontro com jornalistas, ele justificou sua decisão, afirmando que sua presença desviaria o foco das discussões do evento. Desde a emissão do mandado, que o acusa de deportação ilegal de crianças durante a ofensiva na Ucrânia, a situação gerou debates sobre a obrigação dos países-membros do TPI em cumprir tais ordens.
Apesar do mandado, a situação é complexa, já que a autoridade do TPI é limitada em termos de coerção. O presidente brasileiro já havia declarado que, caso o líder russo visitasse o Brasil, não haveria motivos para sua prisão. Essa afirmação reflete uma posição que busca evitar tensões diplomáticas, embora haja pressão internacional, especialmente da Ucrânia, para que o Brasil cumpra as obrigações do TPI. Recentemente, autoridades ucranianas pediram que o Brasil honrasse o mandado de prisão caso Putin decidisse ir ao país.
O Kremlin, por sua vez, continua a desconsiderar a validade do TPI e as acusações feitas contra o presidente russo, reiterando que não reconhece a jurisdição do tribunal. A situação levanta questões sobre as obrigações internacionais dos países e as implicações políticas de receber líderes em meio a controvérsias judiciais.