A agência de inteligência militar da Coreia do Sul informou a parlamentares sobre a conclusão dos preparativos da Coreia do Norte para um possível sétimo teste nuclear, previsto para ocorrer em Punggye-ri, no túnel número 3, local de testes anteriores até 2017. Além disso, há indícios de que um lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) possa acontecer ainda em novembro, com a movimentação de um veículo de lançamento sendo observada. Especialistas acreditam que o país pode tentar simular trajetórias reais para verificar a resistência das ogivas durante a reentrada atmosférica, um desafio crucial para o desenvolvimento de mísseis de longo alcance.
O presidente da Coreia do Sul, por sua vez, já expressou a expectativa de grandes provocações da Coreia do Norte em um momento estratégico, coincidente com as eleições nos Estados Unidos em 5 de novembro. Essa possível ação pode ser vista como uma tática para aumentar a pressão sobre Washington, refletindo a crescente tensão na região. Desde 2022, a situação na Península Coreana se agravou, com o líder norte-coreano utilizando a invasão da Ucrânia pela Rússia como um pretexto para intensificar seu programa de armamentos.
Em uma reunião privada, a agência de defesa sul-coreana destacou que tropas norte-coreanas enviadas à Rússia já podem ter chegado a zonas de combate, com relatos de mais de 3.000 soldados deslocados. Um oficial anônimo indicou que a quantidade total de soldados norte-coreanos na Rússia pode ultrapassar 11.000. Esses movimentos refletem não apenas o aumento das tensões geopolíticas, mas também a complexidade da situação de segurança na região, envolvendo múltiplas dinâmicas internacionais.