Após quatro dias de fortes chuvas que resultaram em um novo apagão na cidade de São Paulo e em municípios adjacentes, a prefeitura da capital ingressou na Justiça contra a concessionária de energia Enel. A administração municipal, liderada pelo prefeito Ricardo Nunes, exige que a Enel restabeleça imediatamente o fornecimento de energia nas áreas afetadas e impôs uma multa de R$ 200 mil por dia caso isso não ocorra. Na manhã desta terça-feira, aproximadamente 220 mil imóveis na região metropolitana ainda estavam sem energia, com a Enel relatando cerca de 147 mil ocorrências apenas na capital.
Na petição judicial, a prefeitura solicita à Enel informações detalhadas sobre o tempo de restauração do serviço, a quantidade e a composição das equipes mobilizadas, além de um acompanhamento em tempo real da localização dos veículos encarregados de atendimentos emergenciais. Além disso, a gestão municipal criticou a falta de um plano de contingência adequado por parte da concessionária para lidar com as condições climáticas adversas, especialmente considerando a necessidade de manejo de mais de 225 mil árvores que afetam a rede elétrica na cidade.
Em resposta à crise, a prefeitura já enviou ofícios ao Tribunal de Contas da União e à Aneel pedindo ações efetivas contra a Enel, incluindo o cancelamento do contrato de concessão da energia elétrica na capital. Apesar dos desafios, a Enel informou que mais de 1,8 milhão de clientes tiveram a energia restabelecida, destacando a mobilização de equipes e a colaboração de técnicos de outras distribuidoras para resolver a situação.