A Prefeitura de São Paulo entrou com uma ação judicial contra a distribuidora Enel, exigindo a imediata restauração da energia elétrica em várias áreas da capital, após um apagão que deixou mais de 200 mil imóveis sem fornecimento desde a última sexta-feira. A ação, protocolada na 2ª Vara de Fazenda Pública, prevê uma multa de R$ 200 mil por dia caso a distribuidora não atenda à determinação. O apagão foi atribuído a um evento climático extremo que causou a queda de 386 árvores e à falta de manutenção adequada por parte da Enel, resultando na interrupção do fornecimento para mais de 1,6 milhão de pessoas.
A falta de energia gerou transtornos significativos para a população, com relatos de dificuldades no comércio e na rotina diária. Muitas lojas continuaram funcionando sem energia, dependendo de geradores, e enfrentaram perdas financeiras substanciais, especialmente em um período crítico como o Dia das Crianças. Além disso, a prefeitura destacou que a Enel não cumpriu o Plano Anual de Podas e não apresentou um Plano de Contingência adequado para os riscos climáticos que a cidade enfrenta, especialmente entre outubro e março.
Por meio de investigações, a prefeitura constatou a presença de veículos de manutenção da Enel estacionados enquanto centenas de milhares de imóveis permaneciam sem luz. A situação levantou críticas em relação à gestão da concessionária, que, segundo a prefeitura, não tomou as providências necessárias para evitar os danos causados pelo apagão. A população, por sua vez, expressou sua insatisfação com as condições enfrentadas e as consequências econômicas decorrentes da falta de energia.