O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, reiterou seu pedido para o rompimento do contrato entre o governo federal e a Enel, empresa responsável pela concessão de energia na cidade. Durante uma entrevista, ele destacou que a Prefeitura tem atuado na remoção de árvores caídas e na manutenção de semáforos, mas enfatizou que o apagão ocorrido devido à tempestade não é uma questão municipal. Nunes argumentou que o problema afeta não apenas São Paulo, mas também outros municípios, e reiterou a necessidade de uma nova concessionária para fornecer energia à cidade.
Nunes tem buscado desde o ano passado a intervenção de órgãos federais, como o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica, para rescindir o contrato com a Enel, embora reconheça que essas tentativas ainda não tiveram sucesso. O prefeito criticou a empresa, considerando-a ineficiente e incapaz de atender às demandas da população. Ele mencionou que, cinco dias após a tempestade, ainda restavam árvores a serem removidas e semáforos fora de funcionamento, o que, segundo ele, é uma situação comum.
Além de abordar as questões relacionadas à energia, o prefeito não se comprometeu a manter a tarifa de ônibus congelada em R$ 4,40, como havia sido feito nos últimos três anos. Ele afirmou que, ao final do ano, realizará um estudo para decidir sobre ajustes na tarifa, evitando ser irresponsável em sua gestão. Essas declarações ocorrem em um contexto de pressão política, especialmente após as críticas de opositores em relação à gestão da cidade após os danos causados pela tempestade.