A possibilidade de uma retaliação por parte de Israel em resposta ao ataque de mísseis do Irã gerou apreensão nos mercados globais, especialmente em relação aos preços do petróleo. Na semana do ataque, em 1º de outubro, o preço do petróleo disparou cerca de 9%, aproximando-se da marca de US$ 80 por barril. Apesar da alta inicial, o Brent, referência internacional, fechou a semana cotado a US$ 76,88, com analistas apontando que um conflito mais amplo no Oriente Médio poderia elevar os preços da commodity para até US$ 100.
Os especialistas destacam que a volatilidade nos preços do petróleo pode ter efeitos variados nas ações de empresas do setor, como Petrobras e Brava Energia. Embora a Moody’s preveja uma queda no Ebitda da Petrobras nos próximos anos, a estatal manteria suas métricas financeiras sólidas. O aumento dos preços do petróleo poderia aumentar a margem de lucro dessas empresas, mas um eventual arrefecimento do conflito traria estabilidade aos mercados.
Além do setor petrolífero, exportadoras de carne Halal, como a BRF, podem sentir impactos devido à importância das exportações para a região. No entanto, especialistas afirmam que o efeito será limitado, especialmente com a valorização do dólar, que beneficia as receitas das exportações. O cenário atual exige vigilância, pois as dinâmicas geopolíticas continuam a moldar os mercados financeiros e as expectativas econômicas globais.