A eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, pode resultar em um empate histórico, com ambos os candidatos, se chegarem a 269 delegados. Este cenário, embora improvável, relembraria a situação de 1824, quando a escolha foi transferida ao Congresso após nenhum candidato obter a maioria dos votos. O sistema do Colégio Eleitoral, que atribui delegados com base nos resultados do voto popular em cada estado, é fundamental para a definição do vencedor.
Atualmente, as pesquisas indicam uma competição acirrada entre os candidatos, com uma leve vantagem para um deles. Se os resultados se confirmarem, a contagem de delegados seria 265 para um candidato e 241 para o outro, necessitando-se de 270 para a vitória. A possibilidade de um empate exigiria que o candidato com menos delegados conquistasse os estados tradicionalmente favoráveis ao seu partido e vice-versa, além de resultados favoráveis em estados-chaves.
Se ocorrer um empate, a 12ª Emenda da Constituição seria acionada, levando a decisão da eleição à Câmara dos Deputados, onde cada estado teria um voto, independentemente de sua população. Com a maioria republicana na Câmara, o processo de votação pode se tornar complexo, principalmente se um novo empate ocorrer, levando a negociações até que a situação seja resolvida. A última vez que a emenda foi aplicada foi em 1824, quando a eleição foi decidida pelo Congresso.