A eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, pode resultar em um cenário inédito de empate, onde Kamala Harris e Donald Trump terminariam com 269 delegados cada. Para vencer, é necessário conquistar 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e a possibilidade de um empate, embora remota, requer combinações específicas de vitórias em estados chave. A dinâmica do sistema eleitoral americano, onde o candidato mais votado em um estado leva todos os delegados, torna a situação ainda mais complexa.
Atualmente, pesquisas de opinião indicam uma vantagem para Harris, mas a margem de erro permite um cenário competitivo. Para que o empate ocorra, Trump precisaria vencer em todos os estados tradicionalmente republicanos, além de reverter a situação em Nebraska, enquanto Harris teria que garantir vitórias em estados de forte apoio democrata. A situação é tensa, especialmente considerando que a última vez em que um empate foi resolvido no Congresso foi em 1824.
Se um empate acontecer, a 12ª Emenda da Constituição seria ativada, transferindo a decisão para a Câmara dos Representantes, onde cada estado teria um voto. Diante da atual maioria republicana na Câmara, as votações poderiam se prolongar até que um candidato seja escolhido, com a possibilidade de um presidente interino ser nomeado caso não haja acordo até a posse. A história recente destaca que o Congresso é um palco decisivo na resolução de disputas eleitorais quando a maioria absoluta não é alcançada.