O Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco, abrangendo 46 municípios, tem se destacado por suas iniciativas sustentáveis na indústria da moda, movimentando anualmente mais de R$ 5 bilhões. Com um foco crescente em práticas que minimizam o impacto ambiental, as empresas da região estão se adaptando às exigências do mercado e às novas realidades produtivas, incorporando conceitos de economia circular e moda 4.0. Dados recentes mostram que 87% das empresas brasileiras já adotam práticas de Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança (ESG), refletindo uma mudança de paradigma na forma como a indústria se relaciona com o meio ambiente.
O empresário José Gomes Filho, proprietário de uma fábrica de roupas, implementou medidas inovadoras em sua produção, utilizando 100% de energia solar e sistemas de captação de água da chuva, resultando em uma significativa redução de emissões de carbono. Essa abordagem proativa, que inclui a doação de retalhos para ONGs, foi reconhecida com prêmios de sustentabilidade. Além disso, a indústria Gesseplast, que recicla plásticos para a produção de fitilhos, exemplifica a adoção de práticas circulares que transformam resíduos em novos produtos, contribuindo tanto para a economia quanto para a preservação ambiental.
Para apoiar essa transformação, instituições como o SENAI oferecem suporte através do Observatório da Indústria, que fornece informações estratégicas e estudos para as empresas do polo. Essas iniciativas visam fortalecer a tomada de decisão e impulsionar o desenvolvimento regional, garantindo que a indústria da confecção se mantenha competitiva e alinhada com as necessidades contemporâneas. O trabalho conjunto entre empresários e instituições reflete um compromisso crescente com a sustentabilidade e a inovação no setor.