A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu uma mulher neste domingo (20) como parte da investigação sobre a emissão de laudos incorretos pelo laboratório responsável por testes de HIV, que resultaram na infecção de seis pacientes durante transplantes. Esta ação faz parte da segunda fase da Operação Verum, que busca elucidar irregularidades e já levou à detenção de quatro indivíduos na fase anterior, incluindo um médico associado ao laboratório. Além das prisões, a operação inclui a execução de oito mandados de busca e apreensão.
As investigações revelaram que houve uma falha no controle de qualidade dos testes realizados pelo laboratório, que reduziu a frequência das análises de diárias para semanais para cortar custos. Isso levou à emissão de laudos falsos que classificaram dois doadores como negativos para o vírus, enquanto eram, na verdade, positivos. A Vigilância Sanitária interditou o laboratório até a conclusão das apurações, e novos exames pré-transplante estão sendo realizados para garantir a segurança dos pacientes.
Diante da gravidade do caso, as autoridades de saúde estão colaborando para investigar a infecção por HIV em transplantes e revisar os contratos do laboratório com o governo estadual. A Fundação Saúde, responsável pela gestão da rede de saúde, já tomou medidas emergenciais para garantir a continuidade dos serviços e a segurança dos transplantados, convocando um novo fornecedor para substituir o laboratório investigado. A situação é considerada sem precedentes e desperta preocupações sobre a segurança dos transplantes no estado.