A Polícia Federal deflagrou, na manhã de 30 de outubro, a Operação Wolfie, que resultou na prisão de três indivíduos envolvidos em uma tentativa de fraude ao BNDES, estimada em R$ 300 milhões. Os investigados teriam tentado obter financiamento por meio de documentos falsos para que uma fintech, supostamente ligada ao crime organizado, adquirisse um banco autorizado pelo Banco Central. Durante a operação, agentes realizaram buscas em endereços em Campinas e Hortolândia, seguindo ordens da 9ª Vara Federal de Campinas, que investiga crimes como falsidade ideológica e associação criminosa.
A investigação foi desencadeada a partir de informações coletadas na Operação Concierge, que ocorreu no final de agosto e tinha como objetivo desmantelar a atuação de organizações criminosas na lavagem de dinheiro utilizando fintechs irregulares. Segundo os dados obtidos, as fintechs sob suspeita movimentaram cerca de R$ 7,5 bilhões. A análise dos materiais apreendidos revelou que um pedido de financiamento ao BNDES foi protocolado poucos dias antes da deflagração da operação Concierge, com o intuito de financiar a compra de um banco autorizado.
O BNDES confirmou que identificou a tentativa de fraude por meio de seus mecanismos de controle e governança, resultando na negativa do pedido de financiamento. A instituição destacou que seus rigorosos processos de compliance contribuem para um índice de inadimplência significativamente menor que o do sistema financeiro. O banco parabenizou a Polícia Federal pelo trabalho realizado e reiterou sua disposição em colaborar com as investigações.