A Polícia Federal iniciou um inquérito para investigar a infecção por HIV em seis pacientes que receberam transplantes de órgãos no Rio de Janeiro. Os órgãos transplantados, provenientes de dois doadores portadores do vírus, foram testados previamente por um laboratório, que não detectou a presença do HIV nas análises. Além da Polícia Federal, outras instituições, como a Polícia Civil, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Rio, também estão conduzindo investigações sobre o caso, que ocorre sob sigilo.
O Ministério da Saúde recebeu notificação sobre a suspeita de transmissão em setembro e emitiu recomendações urgentes para a Central de Transplantes do Rio. Entre as ações recomendadas estão a localização e notificação dos demais receptores dos órgãos dos doadores infectados e a realização de testes laboratoriais específicos para detecção do HIV. O ministério também solicitou a notificação dos serviços de hemoterapia para monitorar qualquer doação de sangue relacionada ao período dos transplantes.
Em resposta à situação, o ministério classificou a transmissão do HIV por transplantes como grave e reiterou seu compromisso com a segurança dos pacientes. A ministra da Saúde determinou que os pacientes infectados e seus contatos recebam apoio e atendimento especializado. Além disso, foi solicitada a interdição cautelar do laboratório responsável pela testagem dos doadores, e a testagem voltará a ser feita exclusivamente pelo HemoRio, utilizando um teste avançado desenvolvido pela Fiocruz.