A Polícia Federal deflagrou duas operações em Roraima para investigar um esquema de venda ilegal de armas, que envolve pelo menos 11 indivíduos, incluindo policiais penais e civis. As investigações, que se desdobram a partir da Operação Alésia iniciada em 2020, apontam que garimpeiros eram os principais compradores das armas. As negociações eram realizadas principalmente via WhatsApp, facilitando a comunicação e transações entre os envolvidos.
Durante as operações, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, visando não apenas os policiais suspeitos, mas também familiares de um dos líderes do esquema, que estão cursando medicina em outra cidade. O governo local informou que abrirá processos administrativos disciplinares contra os envolvidos e reforçou sua posição contra comportamentos que violem princípios éticos das forças de segurança pública.
As investigações revelaram que o esquema operava com a participação de policiais que adquiriram munições de forma legal e depois as repassaram ilegalmente. A Polícia Civil também está acompanhando o caso, ressaltando que não compactua com condutas ilícitas e que uma investigação interna está em andamento para apurar a participação de seus servidores no esquema criminoso.