A Polícia Federal deflagrou a Operação Última Ratio, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo a venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Diálogos encontrados no celular de um advogado indicam a prática de pagamento de propina a desembargadores, incluindo o presidente da Corte, que foi afastado de suas funções. Os investigadores apontam que lobistas, servidores e parentes de magistrados estão envolvidos no esquema.
As mensagens revelam conversas entre o advogado e um servidor do tribunal, onde o advogado se refere a resultados de julgamentos de forma preocupante, demonstrando conhecimento prévio sobre as decisões. Além disso, foram identificados pagamentos de propinas relacionados a desembargadores, com menções específicas a valores e formas de pagamento, que sugerem práticas ilícitas na obtenção de decisões favoráveis.
Os investigadores também descobriram interações anteriores entre o advogado e o servidor, datadas de 2019, que evidenciam discussões sobre pagamentos a magistrados, reforçando a suspeita de um esquema estruturado. A operação continua em andamento, com a expectativa de novas revelações sobre a profundidade das irregularidades no sistema judiciário local.