A Polícia Federal (PF) concluiu que houve falhas significativas na cúpula da segurança pública do Distrito Federal durante os ataques de 8 de janeiro. Em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF identificou a ausência de ações coordenadas e a falta de comunicação eficaz como fatores cruciais que comprometeram a resposta das forças de segurança. A investigação, que durou quase dois anos, revelou que a falta de articulação e de difusão de informações vitais prejudicou a capacidade de prevenir e enfrentar os atos de violência que ocorreram.
O relatório também menciona que a ausência inesperada do líder da segurança pública durante um momento crítico foi um ponto determinante para a ineficácia da resposta às manifestações. Embora a PF tenha apresentado evidências de falhas, o documento não sugeriu indiciamentos contra as autoridades envolvidas. A situação destaca a necessidade de uma análise mais profunda sobre a estrutura e os processos da segurança pública no Distrito Federal, especialmente em momentos de crise.
Após a conclusão do inquérito, o ministro relator do caso no STF, encaminhou o documento para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para avaliação. As defesas dos envolvidos foram contatadas, e o órgão de segurança pública também foi solicitado a se manifestar. O relatório serve como um alerta sobre a importância de uma resposta bem articulada e informada em situações de emergência, visando evitar a repetição de incidentes semelhantes no futuro.