A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu início à Operação 13 Aldeias, cumprindo 44 mandados de busca e apreensão em uma ação contra uma quadrilha que, atuando de dentro dos presídios, realiza o golpe do falso sequestro, causando prejuízos estimados em quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio de 2024. A operação envolve a Delegacia Antissequestro (DAS), com apoio do Ministério Público e da Subsecretaria de Inteligência da Administração Penitenciária, e se concentra em áreas como Copacabana, Irajá, e municípios vizinhos, além de ações nos presídios.
O grupo, conhecido como Povo de Israel, foi fundado em 2004 e é composto em sua maioria por indivíduos encarcerados, que operam uma rede de extorsão utilizando celulares que entram ilegalmente nas prisões. Com uma estrutura organizada, a facção tem um esquema de divisão de tarefas, onde diferentes membros são responsáveis por funções específicas, como realizar as ligações para as vítimas e gerenciar a movimentação financeira das extorsões.
As investigações indicam que a facção possui ramificações em outros estados, como Espírito Santo e São Paulo, e que cerca de 1.663 pessoas físicas e 201 jurídicas estão envolvidas na circulação do dinheiro proveniente dos crimes. A operação visa desmantelar essa rede de extorsão e capturar os líderes da organização, que operam com métodos sofisticados de comunicação e uma clara hierarquia interna.