A Polícia Civil do Rio Grande do Sul finalizou o inquérito que investigava um empresário de 37 anos acusado de armazenar mais de 200 mil arquivos de pornografia infantil e pedofilia em Canoas. A investigação, que durou cerca de nove meses, revelou que o suspeito realizava downloads de arquivos pela internet, armazenando-os em dispositivos como notebooks e HDs externos para dificultar sua localização. Ele foi preso em flagrante em setembro, mas posteriormente liberado pela justiça.
Após o término da investigação, o inquérito foi enviado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. O delegado responsável pela investigação, Maurício Barison, informou que o Instituto-Geral de Perícias (IGP) ainda está analisando mais de 16 gigabytes de arquivos apreendidos. O relatório pericial, que deve ser concluído em outubro, pode alterar a situação legal do empresário, especialmente se for constatado que ele também compartilhava o material.
O homem foi liberado sob restrições, incluindo monitoramento por tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa entre 20h e 6h. Embora inicialmente enquadrado no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê penas de até 4 anos, a natureza dos crimes pode ser reavaliada com base nas conclusões da perícia. Se o compartilhamento dos conteúdos for confirmado, a pena poderá aumentar, podendo variar de 3 a 6 anos de prisão.