O podcast complementar ao documentário da Netflix sobre o caso dos irmãos condenados à prisão perpétua por assassinato em 1989 trouxe à tona áudios exclusivos de um dos irmãos, abordando o recente movimento nas redes sociais que clama pela revisão de sua pena. Uma nova audiência, marcada para 29 de novembro, foi autorizada pelo gabinete da promotoria pública de Los Angeles, com o pedido de revisão da sentença aceito pouco antes do lançamento do documentário. O diretor da produção, Alejandro Hartmann, enfatizou a importância de não transformar pessoas reais em vilões ou heróis, destacando as consequências da tragédia para todas as partes envolvidas.
No podcast, um dos irmãos expressou sua gratidão pelo apoio recebido, mas alertou sobre o risco de minimizar a seriedade de seus crimes. Ele também refletiu sobre a dor e a tragédia que frequentemente se perdem nas traduções de conteúdos virais, lembrando que, por trás do caso, estão vidas devastadas. Esse ponto de vista é reforçado pelo apoio que os irmãos têm recebido, especialmente nas plataformas de redes sociais, onde muitos internautas clamam por justiça e liberdade, muitas vezes ignorando as alegações de abusos que sustentam a defesa dos irmãos.
O produtor do documentário ressaltou que a abordagem sobre casos de abuso está mudando, permitindo que histórias como a dos irmãos sejam contadas de maneira mais empática e compreensiva. Erik e Lyle Menendez, que na época do crime tinham 18 e 21 anos, alegam ter sofrido abusos graves por parte dos pais. A discussão em torno do caso foi intensificada após o lançamento do documentário e a repercussão de uma série anterior da Netflix, provocando um debate sobre a percepção pública dos traumas vividos por homens em situações semelhantes.