O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou um plano ambicioso para encerrar o conflito com a Rússia, que inclui um convite formal para que a Ucrânia se junte à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a autorização para utilizar mísseis ocidentais de longo alcance em alvos militares na Rússia. Essas propostas, que antes encontravam resistência entre os aliados ocidentais, agora recebem atenção, embora haja cautela em relação à escalada do conflito, especialmente considerando o arsenal nuclear da Rússia.
O apoio dos Estados Unidos é visto como essencial para que Zelensky consiga mobilizar outros aliados em prol de suas iniciativas, as quais ele acredita serem cruciais para fortalecer a posição da Ucrânia tanto no campo de batalha quanto nas futuras negociações de paz. Contudo, especialistas indicam que o governo Biden pode não se manifestar sobre o assunto antes da eleição presidencial norte-americana marcada para 5 de novembro, sugerindo uma possível paralisação nas decisões em relação ao apoio militar à Ucrânia.
Analistas consideram que o plano de Zelensky representa um progresso significativo para os esforços militares da Ucrânia, destacando que o país já conseguiu apoio ocidental para solicitações antes vistas como inviáveis, como a obtenção de sistemas de defesa aérea Patriot e caças F-16. Após se reunir com líderes do Conselho Europeu, Zelensky expressou otimismo quanto a uma resposta da Casa Branca, sinalizando que discussões sobre seu plano estão em andamento.