A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento de um inquérito que investigava supostos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo senadores e um ex-senador. As acusações se baseavam na suposta recepção de propinas por parte dos parlamentares, que teriam sido pagas por uma empresa do setor farmacêutico por meio de um lobista. O montante mencionado nas investigações girava em torno de R$ 20 milhões.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, discordou da posição da Polícia Federal, que havia indiciado os políticos. Em seu relatório, Gonet argumentou que não havia provas suficientes para sustentar as acusações, as quais se baseavam apenas nas declarações de delatores, sem apoio em outras evidências coletadas durante a investigação. Essa falta de corroboramento, segundo Gonet, violaria a jurisprudência estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, Gonet afirmou que o indiciamento dos parlamentares seria considerado nulo, uma vez que a hipótese criminal estava fundamentada unicamente nas declarações dos colaboradores. Apesar das medidas cautelares adotadas para buscar novas provas, a PGR concluiu que não havia elementos suficientes para justificar a continuidade das investigações.