A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar denúncias de ameaça e violência política envolvendo o presidente de um partido, após uma ex-dirigente da legenda acusá-lo de coerção para forçar sua renúncia. O caso foi comunicado à Justiça Eleitoral, e as investigações estão sob responsabilidade de um delegado designado. A denunciante já havia recorrido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para afastar o presidente do cargo, mas o pedido foi negado liminarmente no início de agosto.
Os relatos apresentados ao TSE incluem supostas ameaças de morte e alegações de que o presidente do partido teria vínculos com figuras do Judiciário e com organizações criminosas. Em um suposto diálogo anexado ao inquérito, há menções a intimidações veladas, como a frase “pega tua vara e vai pescar”, interpretada como uma ameaça à integridade física da denunciante. Os crimes investigados, previstos no Código Penal, podem resultar em penas de até oito anos de prisão.
O partido em questão ganhou notoriedade nas eleições deste ano, embora seja de pequeno porte e sem coligações significativas. Internamente, há relatos de disputas pelo controle da sigla, com ex-aliados acusando o atual presidente de descumprir acordos e prejudicar a organização. Enquanto isso, as investigações seguem em andamento, sem decisões judiciais que alterem a atual liderança do partido. As informações são baseadas em documentos oficiais e registros policiais.