A Petrobras solicitou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a suspensão do prazo para a exploração na Bacia da Foz do Amazonas, devido à falta de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo a diretora de Exploração e Produção, a paralisação é necessária para evitar a perda da oportunidade de explorar a área, uma vez que o prazo da concessão avança na ausência de licença. A empresa, que adquiriu o bloco em 2013, já passou por renovações anteriores e precisa suspender a contagem do tempo até a obtenção da licença.
A Petrobras está se preparando para perfurar um poço, mas a diretora ressalta que é fundamental ter mais poços para realizar uma avaliação completa do potencial petrolífero da região. A empresa já havia planejado iniciar a perfuração em janeiro do ano anterior, o que teria permitido uma análise mais avançada do local. Sílvia dos Anjos destacou que a área de perfuração está a mais de 500 quilômetros da foz do rio e a 170 quilômetros da costa, onde navegam anualmente mais de 1.100 embarcações, argumentando que a perfuração não é realizada em um ambiente ecológico isolado.
Por sua vez, a diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras afirmou que todas as demandas do Ibama foram atendidas, incluindo a proposta de criação de uma base de proteção da fauna, atualmente sob análise do órgão. As conversas técnicas estão em andamento, com a expectativa de uma resposta em breve. A Petrobras também está implementando medidas de precaução, como um centro de reabilitação para animais que possam ser contaminados durante a perfuração, embora a diretora tenha expressado confiança de que essas medidas não serão necessárias, dado o histórico da empresa em mais de 5.400 poços perfurados.