Um novo estudo da revista Nature Chemistry, conduzido por pesquisadores da Faculdade de Dartmouth e da Southern Methodist University, sugere que cristais líquidos podem ser utilizados de maneiras inovadoras, incluindo lasers, telas de exibição facilmente imprimíveis e etiquetas microscópicas para combater a falsificação de notas. Os cristais líquidos, com suas propriedades únicas, fluem como líquidos, mas têm uma estrutura molecular ordenada que permite manipulações para refletir luz de forma eficiente, sendo amplamente utilizados em dispositivos como TVs e smartphones.
No centro da pesquisa está um interruptor molecular sintético que provoca mudanças na forma dos cristais líquidos, permitindo que eles reflitam diferentes cores. Esse interruptor, composto pela molécula orgânica triptycene e hidrazonas, funciona com um pulso de luz intenso, quebrando a simetria da molécula triptycene e tornando-a quiral. Essa interação desencadeia uma série de eventos que reorienta as moléculas de cristal líquido em estruturas helicoidais, similares ao DNA, permitindo o controle da cor refletida.
Os pesquisadores utilizaram uma técnica semelhante à serigrafia multicolorida para projetar luz através de estênceis em uma tela de cristais líquidos dopados, resultando em novas cores ao longo do processo. Essa inovação é a primeira a demonstrar a capacidade de refletir cores visíveis a partir de cristais líquidos, oferecendo novas perspectivas para a aplicação dessa tecnologia em futuras investigações e desenvolvimentos na área.