Em entrevista, o pesquisador da Fundação Getulio Vargas, Samuel Pessôa, destacou que a adesão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às propostas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode aumentar significativamente suas chances de reeleição em 2026. Pessôa argumenta que a implementação dessas medidas poderia gerar benefícios econômicos substanciais, incluindo a valorização do câmbio e a redução das taxas de juros, criando um cenário econômico mais favorável.
O pesquisador também ressaltou que o desequilíbrio fiscal atual reflete a incapacidade da sociedade de resolver internamente suas questões, o que impacta negativamente a economia. Ele lembrou que Lula, durante seu primeiro mandato, adotou políticas conservadoras que favoreceram sua popularidade, e acredita que a recuperação econômica poderia novamente impulsionar sua imagem pública.
Apesar dos potenciais benefícios, Pessôa expressou perplexidade quanto à hesitação de Lula em seguir plenamente as propostas de Haddad. Ele sugere que o presidente pode estar se pautando por estratégias anteriores que foram bem-sucedidas, mas ressalta que o contexto econômico atual é distinto, exigindo uma abordagem mais proativa para garantir a estabilidade fiscal e o crescimento econômico.