Alexandre Bonaldo, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, alcançou reconhecimento internacional no campo da aracnologia após descobrir 50 novas espécies de aranhas em 2023. Com 24 anos de pesquisa, ele é considerado um dos principais especialistas na descrição de aranhas no mundo, tendo documentado quase 500 espécies. Bonaldo enfatiza a necessidade de conhecer a fauna e flora para a efetiva conservação do planeta, alertando sobre os impactos da ação humana, como queimadas e desmatamento, que ameaçam a biodiversidade remanescente.
A pesquisa realizada por Bonaldo se concentra em aranhas da família coronídeos e destaca a colaboração como um fator crucial para seu sucesso. Através de ilustrações detalhadas e tecnologia avançada, como microscópios eletrônicos e micro-tomografia, ele documenta características essenciais das espécies que estuda. A biodiversidade global é alarmantemente baixa, com estimativas de que apenas uma fração das 200 mil espécies de aranhas esperadas tenha sido descrita até agora.
Para garantir a preservação da biodiversidade, Bonaldo argumenta que o Brasil precisa de mais investimentos em pesquisa científica, com ênfase na formação e retenção de profissionais qualificados. O pesquisador defende que, com melhores condições e infraestrutura, a ciência pode acelerar a descrição de novas espécies, contribuindo para a formulação de políticas públicas que protejam áreas de preservação e promovam estudos ecológicos essenciais para a conservação ambiental.