Uma pesquisa do Datafolha, divulgada no dia 24 de outubro, revelou que 34% dos eleitores da capital paulista foram afetados pelo apagão resultante da tempestade de 11 de outubro, com uma média de 35 horas sem energia elétrica. Dentre os afetados, 47% relataram ter sofrido prejuízos, sendo os principais problemas a perda de alimentos devido à falta de refrigeração (42%) e a interrupção no uso de aparelhos médicos (10%). A pesquisa, encomendada pela Folha de S.Paulo, entrevistou 1.204 pessoas entre 22 e 23 de outubro, apresentando uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
Além dos prejuízos financeiros, a pesquisa indicou que 73% dos entrevistados acreditam que São Paulo não está adequadamente preparada para enfrentar eventos climáticos extremos, como tempestades e ventos fortes. Apenas 1% dos paulistanos considera a cidade muito bem preparada. A avaliação da atuação do prefeito Ricardo Nunes na gestão dos problemas causados pela tempestade foi predominantemente negativa, com 42% dos entrevistados classificando-a como ruim ou péssima.
A distribuidora de energia Enel também recebeu críticas severas, com 70% dos eleitores considerando seu desempenho na resolução dos problemas do apagão insatisfatório. A pesquisa indicou que 71% dos entrevistados acreditam que o contrato com a empresa deveria ser cancelado, refletindo um descontentamento significativo em relação ao atendimento ao público e à gestão da crise.