A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas conduziu uma pesquisa inédita sobre as propriedades da ardência das pimentas vermelhas, destacando a dedo-de-moça e a malagueta. Os estudos indicaram que a intensidade da picância está diretamente relacionada a benefícios para a saúde, com a capsaicina, principal componente das pimentas, sendo apontada como responsável por várias propriedades benéficas, incluindo efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, que podem ajudar na proteção contra o envelhecimento celular e melhorar a saúde cardiovascular.
Os pesquisadores descobriram a presença significativa de 11 componentes benéficos nos frutos analisados, como flavonoides e resveratrol. A pimenta malagueta, por exemplo, mostrou-se entre 10 a 100 vezes mais ardida que a dedo-de-moça, elevando a quantidade de resveratrol, que também é encontrado em alimentos como amendoim e vinho, sugerindo potenciais efeitos positivos sobre doenças cognitivas. Rodrigo Catharino, professor da Unicamp, ressaltou a importância desses compostos para a saúde.
Entretanto, os especialistas alertam sobre os riscos do consumo excessivo de pimentas, já que a capsaicina pode causar hipersensibilidade e, em casos extremos, reações alérgicas severas. Portanto, é fundamental que pessoas com sensibilidade a esses alimentos evitem ingeri-los em grandes quantidades, pois mesmo pequenas porções podem representar riscos. O estudo ressalta a importância de aproveitar os benefícios das pimentas, ao mesmo tempo que orienta sobre o consumo moderado.