Especialistas em direito eleitoral levantaram preocupações sobre a legalidade de uma estratégia de pagamento promovida por um comitê político, que oferece prêmios diários de US$ 1 milhão a eleitores que assinem uma petição apoiando os direitos garantidos pela Primeira e Segunda Emenda da Constituição dos EUA. A petição, promovida em estados considerados decisivos para as eleições, como Pensilvânia e Geórgia, oferece ainda incentivos financeiros adicionais para aqueles que indicarem novos signatários. Este modelo de premiação tem gerado debates sobre a possível configuração de compra de votos.
Juristas indicam que, embora o pagamento de prêmios pela iniciativa possa ser considerado legal, a vinculação desses prêmios à condição de registro eleitoral dos signatários levanta questões sobre sua conformidade com as leis eleitorais dos Estados Unidos. O Código Eleitoral proíbe pagamentos por registro ou por voto, estabelecendo penalidades significativas para infrações. Contudo, alguns especialistas apontam que a prática pode encontrar uma brecha legal, uma vez que os pagamentos não estão diretamente ligados ao registro ou ao ato de votar, mas sim à assinatura de uma petição.
A controvérsia foi intensificada por um primeiro cheque entregue em um evento comunitário, que ilustrou a aplicação da estratégia. Apesar das preocupações levantadas por analistas e juristas, a discussão sobre a legalidade e a ética desse tipo de incentivo financeiro continua, refletindo a complexidade do cenário eleitoral atual nos Estados Unidos.