Em São José do Rio Preto (SP), dois pacientes que dependem de planos de saúde tiveram que recorrer à Justiça para garantir o acesso a tratamentos médicos de alto custo. Um dos casos envolve uma criança de seis anos diagnosticada com diversas condições, incluindo lisencefalia e transtorno do espectro autista. Apesar de conseguir uma decisão judicial que obriga o plano de saúde a cobrir o tratamento, a família ainda enfrenta desafios, como a recusa do plano em fornecer terapias necessárias, o que tem agravado o quadro clínico da criança.
A outra paciente, uma advogada diagnosticada com esclerose múltipla, também luta contra a negativa do plano de saúde em custear um medicamento essencial para seu tratamento. Mesmo após obter uma liminar judicial, ela ainda não recebeu os medicamentos necessários e se viu obrigada a pagar do próprio bolso pela primeira dose, gerando dívidas. A situação traz não apenas dificuldades financeiras, mas também angústia devido à urgência do tratamento.
As respostas dos planos de saúde enfatizam que os procedimentos e medicamentos solicitados não estão cobertos pelas regulamentações vigentes, o que tem gerado frustração e desamparo entre os pacientes e suas famílias. A situação expõe a lacuna no atendimento à saúde e a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a regulamentação de tratamentos essenciais na saúde suplementar.