O preço do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 24, refletindo sua posição como um ativo seguro em meio às crescentes tensões geopolíticas no Oriente Médio e a incerteza sobre a próxima eleição presidencial nos Estados Unidos. O contrato de dezembro subiu 0,71%, atingindo US$ 2.748,90 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange. Essa valorização é impulsionada pela falta de apetite por riscos por parte dos investidores, preocupados com as possíveis consequências econômicas de uma vitória eleitoral que poderia agravar o comércio internacional e as pressões inflacionárias.
Analistas destacam que a busca crescente pelo ouro se deve, em parte, à flexibilização das políticas monetárias adotadas pelos principais bancos centrais, que também favorecem a demanda por metais preciosos. Contudo, o ouro permanece vulnerável à valorização do dólar e ao aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. As expectativas de que o Federal Reserve poderá adotar uma postura mais cautelosa em relação à política monetária, incluindo cortes de juros em um futuro próximo, também estão influenciando o mercado.
No cenário geopolítico, as tensões continuam no Oriente Médio, com Israel adiando ações retaliatórias contra o Irã. Essa decisão foi tomada após vazamentos de informações militares sensíveis dos EUA, o que destaca a complexidade das dinâmicas regionais atuais. A combinação dessas incertezas políticas e econômicas está moldando a trajetória do mercado do ouro, que se afirma como uma opção de proteção para investidores cautelosos.