O ouro encerrou a quarta-feira, 23, em queda de 1,10%, a US$ 2.729,40 por onça-troy, após uma sequência de seis sessões consecutivas de alta. A pressão sobre o metal precioso foi impulsionada pelo forte avanço do dólar e pelos juros dos Treasuries nos Estados Unidos, em um contexto global incerto, acentuado pelas incertezas em relação às eleições americanas. Apesar de ter alcançado um pico histórico de US$ 2.772,60 durante o dia, o ouro reverteu seus ganhos, o que analistas da SP Angel atribuíram a uma realização de lucros diante da alta nas taxas de juros.
Os rendimentos dos títulos norte-americanos e a valorização do dólar contribuíram para a desvalorização do ouro, enquanto a atenção se voltava para conflitos no Oriente Médio e as implicações das eleições presidenciais nos EUA. Mesmo com a expectativa moderada de redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve, as negociações em torno da desdolarização e a cúpula do Brics podem oferecer um novo suporte para o metal precioso nos próximos dias, segundo previsões de analistas.
Além disso, as participações em fundos negociados em bolsa continuam a crescer, alcançando cerca de 84 milhões de onças. Embora a TD Securities tenha identificado uma resistência dos investidores em liquidar suas posições em ouro devido à proximidade das eleições, a consultoria destaca que não há evidências suficientes que justifiquem a recente demanda pelo metal, nem pelo rali observado em outros metais preciosos, como a prata, que também caiu 3,43% nesta quarta-feira, encerrando a US$ 33,83 por onça-troy.