O ouro registrou uma queda significativa nesta quarta-feira, 23, encerrando um rali de seis sessões consecutivas de valorização. A desvalorização foi impulsionada pela forte alta do dólar e pelo aumento dos juros dos Treasuries, em meio a um cenário global incerto e preocupações relacionadas às eleições nos Estados Unidos. O contrato de ouro para dezembro caiu 1,10%, finalizando a US$ 2.729,40 por onça-troy na Comex, embora tenha atingido um pico histórico de US$ 2.772,60 durante a sessão antes de inverter sua trajetória de ganhos.
Analistas da SP Angel destacam que a movimentação no mercado reflete uma retirada de lucros, especialmente considerando o aumento acentuado nos juros dos títulos norte-americanos. Além disso, a volatilidade geopolítica, incluindo conflitos no Oriente Médio, e as incertezas sobre os efeitos das eleições presidenciais também contribuem para a pressão sobre o metal precioso. A expectativa moderada em relação à redução das taxas de juros pelo Federal Reserve também está no radar dos investidores.
Por outro lado, a consultoria S&P Angel sugere que a cúpula do Brics e as discussões sobre desdolarização podem trazer novos impulsos para o ouro nesta semana. Apesar da queda, a demanda por ouro ainda se mantém robusta, com participações em fundos negociados em bolsa em torno de 84 milhões de onças. Além disso, a prata, que havia atingido o seu maior nível em 12 anos, também caiu 3,43%, fechando a US$ 33,83 por onça-troy, refletindo a tendência de correção nos metais preciosos.