O preço do ouro fechou em alta nesta segunda-feira (21), alcançando seu terceiro recorde consecutivo. O metal precioso subiu 0,32%, sendo negociado a US$ 2.738,90 por onça-troy na Comex, com um pico de US$ 2.755,40 durante a sessão. Esse movimento é impulsionado pelo posicionamento dos investidores diante da proximidade das eleições americanas e das discussões sobre a desdolarização que ocorrerão na cúpula do Brics, programada para começar na terça-feira (22).
Os países do Brics se preparam para debater a desdolarização da economia global, um tema relevante considerando que aproximadamente 58% das reservas externas dos bancos centrais do bloco ainda estão em dólares. No entanto, há um crescente interesse em diversificar as reservas, com o ouro se destacando como uma alternativa atrativa. Analistas apontam que essa tendência está sendo favorecida por uma mudança nas políticas monetárias, levando os bancos centrais a aumentar suas reservas em diferentes moedas e commodities.
A análise da Sucden Financial destaca que, ao contrário do dólar, o ouro historicamente reage de maneira menos intensa às eleições nos EUA. Os preços do ouro tendem a ser mais influenciados por fatores macroeconômicos, como expectativas de inflação e incertezas geopolíticas. Com a possibilidade de flexibilização monetária pelo Federal Reserve após as eleições de 2024, as expectativas permanecem otimistas em relação ao futuro do ouro no mercado financeiro.