O ouro fechou em alta pelo quarto dia consecutivo, alcançando novos recordes em um contexto de incertezas econômicas globais e tensões crescentes no Oriente Médio. No dia 21 de outubro, o contrato de ouro para dezembro subiu 0,76%, atingindo US$ 2.759,80 por onça-troy na Comex, enquanto o valor máximo durante a sessão foi de US$ 2.762,10. De acordo com o Commerzbank, o metal precioso está a caminho de sua maior valorização anual em 45 anos, com um aumento superior a 30% desde o início de 2024, impulsionado pelo clima de instabilidade política e econômica.
Os analistas destacam que o ambiente incerto, especialmente em relação às eleições nos Estados Unidos e ao conflito entre Irã e Israel, tem sustentado o interesse dos investidores no ouro. Além disso, o preço da prata também alcançou seu maior patamar em 12 anos, com um aumento de 2,83% no mesmo dia, tornando-se uma alternativa atraente por seu menor custo. O mercado está cada vez mais atento ao cenário econômico e às possíveis repercussões das eleições presidenciais nos EUA, que podem influenciar a busca por ativos de proteção.
Entretanto, o banco Julius Baer alerta que a recente alta dos preços do ouro pode ser impulsionada mais por especulação do que por fundamentos sólidos, elevando o risco de uma correção a curto prazo. O fortalecimento do dólar e o aumento dos rendimentos dos Treasuries também estão influenciando o mercado, enquanto a expectativa de uma redução moderada nas taxas de juros do Federal Reserve persiste. A previsão é de que investidores chineses e o Banco do Povo da China voltem a adquirir ouro, devido à fraqueza contínua da economia chinesa e às tensões geopolíticas em curso.