A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou diretrizes que afirmam não haver um nível seguro de consumo de álcool para a saúde, enfatizando que o risco começa na primeira gota. Em um relatório de 2019, a OMS revelou que o álcool foi responsável por 2,6 milhões de mortes globalmente, com uma parcela significativa atribuída a doenças não transmissíveis e ferimentos. Mesmo o consumo leve e moderado, definido como menos de 1,5 litro de vinho ou 3,5 litros de cerveja por semana, é considerado perigoso.
Enquanto alguns especialistas, como Tim Stockwell, defendem essa nova posição da OMS, ressaltando que o consumo leve de álcool não é seguro, outros, como David Spiegelhalter, argumentam que a obsessão pelos riscos do álcool pode ser exagerada. Spiegelhalter sugere que as pessoas bebem por prazer e que é essencial encontrar um equilíbrio entre os benefícios e os riscos à saúde, considerando que atividades cotidianas também têm suas consequências.
Por outro lado, a tendência global mostra uma leve diminuição no consumo de álcool per capita, de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019. Vários indivíduos estão reconsiderando seus hábitos, como Anna Tait e Amelie Hauenstein, que decidiram interromper o consumo de álcool após refletirem sobre seu impacto em suas vidas. Essa mudança de comportamento entre os jovens sugere uma crescente conscientização sobre os riscos associados ao álcool, levando muitos a optar por uma vida sem bebidas alcoólicas.