A organização japonesa Nihon Hidankyo, composta por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz de 2024, conforme anunciado na manhã de sexta-feira (11). O comitê da premiação destacou a escolha como um lembrete da necessidade de desarmamento nuclear, especialmente em um momento em que a discussão sobre o uso de armas nucleares voltou à tona, devido a ameaças de países como Irã e Coreia do Norte. Com essa premiação, a Nihon Hidankyo é reconhecida por seus esforços contínuos na luta contra as armas nucleares e por compartilhar testemunhos que evidenciam os horrores dessas armas.
O prêmio, que consiste em um montante de US$ 1,1 milhão, além de um diploma e uma medalha de ouro, não era esperado pela organização, que não tinha conhecimento da nomeação. A decisão foi uma resposta a um contexto global repleto de conflitos, reafirmando a importância de manter o tabu em torno do uso de armas nucleares. A escolha se destaca também em comparação com as indicações de outros possíveis premiados, como o secretário-geral da ONU e ativistas proeminentes, refletindo uma direção clara em favor do desarmamento.
O Nobel da Paz, que em anos anteriores já foi concedido a diversas personalidades e organizações por seus esforços em promover a paz, neste ano também ocorre em meio a uma crescente incerteza mundial. O comitê norueguês que decide a premiação é composto por cinco membros nomeados pelo Parlamento da Noruega e segue diretrizes específicas do testamento de Alfred Nobel, priorizando aqueles que promovem a fraternidade entre as nações e a redução de armamentos.