A Operação Última Ratio, conduzida pela Polícia Federal, resultou no afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, investigados por suspeitas de venda de sentenças. O inquérito aponta que um lobista teria acesso privilegiado a magistrados e compartilhou documentos sigilosos com um desembargador, indicando uma grave violação das normas legais. O ministro relator do caso no Superior Tribunal de Justiça destacou a seriedade da situação, já que o lobista não é investigado no âmbito de processos que lhe envolvem diretamente.
As investigações revelaram movimentações financeiras suspeitas, incluindo transferências de grandes quantias a um advogado, supostamente destinadas à compra de decisões judiciais. Além disso, foram encontrados diálogos que evidenciam um esquema de corrupção mais amplo, afetando não apenas o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mas também implicando figuras de alto escalão no Judiciário, com menções a ministros do Superior Tribunal de Justiça. O caso gerou uma série de investigações que agora estão sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal.
Com o avanço das apurações, um dos desembargadores foi identificado como favorecendo um procurador em uma negociação de compra de uma propriedade rural, levantando suspeitas sobre a imparcialidade do julgamento e a atuação da Justiça. A Polícia Federal continua a investigar as relações entre os envolvidos e o impacto das ações no funcionamento do Judiciário. As medidas tomadas, incluindo o uso de tornozeleiras eletrônicas, visam garantir que os afastados respondam por suas ações durante o período de investigação.