Ahmad Nazar, um libanês que perdeu seu pai em um bombardeio em 1986, reencontrou sua família no Brasil após um voo de 15 horas proveniente de Beirute. Ele e sua esposa, Zeinab, trouxeram seus três filhos, dois dos quais nasceram no Brasil, devido à intensificação dos ataques israelenses no Líbano. A operação de repatriação, chamada Operação Raízes do Cedro, está sendo coordenada pelo governo brasileiro e executada pela Força Aérea Brasileira, com o objetivo de trazer de volta cidadãos brasileiros que vivem na região afetada.
Os Nazar não são os únicos a buscar segurança fora do Líbano. Outras famílias também enfrentam dificuldades, como Leila Hadi, que lamenta a separação de suas irmãs que não puderam deixar o país. Ela compartilha a angústia de viver sob constante medo dos bombardeios, o que afeta seu cotidiano. A situação no Líbano tem se tornado insustentável, com muitas pessoas optando por deixar suas vidas para trás em busca de um ambiente mais seguro.
Desde o início da operação, mais de mil passageiros já foram repatriados, incluindo crianças e pessoas com necessidades especiais. Os relatos de repatriados refletem um clima de apreensão e tristeza pela separação de familiares que permaneceram no Líbano. A repatriação não é apenas uma questão de logística, mas envolve profundas questões emocionais e o desejo de resgatar a segurança em meio ao caos.