Na manhã desta quinta-feira (24), uma operação da Polícia Militar na zona norte do Rio de Janeiro culminou na morte de pelo menos duas pessoas, ambas atingidas por tiros na cabeça. Além das fatalidades, quatro indivíduos ficaram feridos, com um em estado gravíssimo. A ação ocorreu no Complexo de Israel, em Cordovil, onde a resistência dos criminosos foi maior do que a esperada, levando a confrontos intensos que resultaram em danos a civis inocentes e causaram a interrupção do tráfego em vias principais da cidade.
A tenente-coronel Claudia Moraes, porta-voz da PM, indicou que a operação foi planejada para combater o roubo de veículos e cargas, além de lidar com a atuação criminosa na região. No entanto, a reação violenta dos criminosos levou à suspensão da operação em meio a preocupações sobre os impactos negativos na população local e na mobilidade urbana. A situação resultou no fechamento de escolas e postos de saúde nas proximidades, gerando uma forte crítica por parte da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, que apontou a falta de planejamento na ação policial.
A gravidade da operação fez com que o Rio de Janeiro entrasse no estágio 2 de risco, refletindo o potencial de ocorrências de alto impacto na cidade. O prefeito Eduardo Paes expressou indignação em relação ao ocorrido, chamando o dia de “vergonha”. Dados do Instituto Fogo Cruzado revelam um histórico alarmante de tiroteios na Avenida Brasil, com 61 incidentes somente este ano e mais de 1.500 confrontos armados na região nos últimos oito anos, o que evidencia a necessidade urgente de uma abordagem mais eficaz e humanitária nas operações de segurança pública.