No último final de semana, a Polícia Militar desarticulou uma fábrica clandestina de cigarros em Dianópolis, Tocantins. A operação resultou na apreensão de uma quantidade significativa de produtos ilegais e na morte de dois seguranças em confronto com a polícia, além da prisão de um homem que dirigia a indústria. A fábrica, que tinha capacidade para produzir até um milhão de cigarros por dia, estava escondida em uma fazenda e operava com mão de obra trazida do Paraguai.
Em 2024, mais de 425 mil maços de cigarros foram apreendidos nas rodovias federais do Tocantins, um aumento drástico em comparação aos 9.302 maços encontrados no ano anterior. Este crescimento nas apreensões reflete a intensificação do contrabando de cigarros, que geralmente vem do Sudeste e Sul do Brasil, com destino a estados do Norte. A Polícia Rodoviária Federal destacou a gravidade do problema, que não apenas representa uma questão de segurança pública, mas também coloca em risco a saúde da população devido à venda de produtos não regulamentados.
O Fórum Nacional Contra a Pirataria indicou que, nos últimos cinco anos, foram encontradas 29 fábricas clandestinas em 11 estados brasileiros, que poderiam gerar perdas significativas de impostos, ultrapassando R$ 9 bilhões anualmente. A situação demanda uma abordagem integrada entre as forças policiais e iniciativas do setor privado para combater a oferta e a demanda de produtos ilegais, além de uma possível reforma tributária para desestimular o contrabando e o crime organizado.