O Ministério Público de Santa Catarina deu início à Operação Overlord, voltada para desmantelar um grupo investigado por promover discursos de ódio, antissemitismo e apologia ao nazismo, além de planejar atos violentos em diversas regiões do Brasil. Os suspeitos, que se identificam como skinheads neonazistas, utilizam um símbolo associado ao ocultismo nazista e à supremacia ariana, reforçando uma ideologia que glorifica a violência. Entre os alvos da operação, um homem foi preso por suspeita de envolvimento em um assassinato ocorrido em 2011, e um militar do Exército é investigado por sua participação ativa em encontros do grupo.
As investigações revelaram que o grupo organizava eventos onde exibiam bandeiras com suásticas e realizavam discursos de ódio, atraindo um número crescente de seguidores. Alguns desses encontros contaram com a presença de mais de 30 pessoas e incluíam rituais de “batismo” para novos membros, com o objetivo de fortalecer laços e reafirmar a adesão à ideologia extremista. A operação mobilizou agentes para cumprir mandados em cinco estados, contando com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos.
O nome da operação, Overlord, faz alusão à famosa ofensiva aliada na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, um marco na luta contra o nazismo. A Promotoria ressalta que essa ação representa um esforço contínuo para combater e desmantelar grupos que ameaçam os valores democráticos e a justiça na sociedade brasileira, reafirmando o compromisso das autoridades em garantir a segurança e a proteção contra ideologias extremistas.