Policiais civis do Rio de Janeiro realizam uma operação nesta segunda-feira para investigar a emissão de laudos falsos pelo laboratório PCS Saleme, que está sob suspeita de ter participado do transplante de órgãos infectados por HIV em seis pacientes. Agentes do Departamento Geral de Polícia Especializada cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão, em várias localidades, incluindo o município onde o laboratório está sediado. A ação foi motivada pela seriedade das acusações e busca assegurar a responsabilidade dos envolvidos.
De acordo com informações oficiais, um dos sócios do laboratório foi detido durante a operação, que ocorre após a suspensão de um contrato com a Fundação Saúde, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde. Esse contrato previa a realização de exames clínicos e de anatomia patológica em todas as unidades de saúde do estado, mas foi suspenso após revelações sobre a contaminação de pacientes transplantados. A Delegacia do Consumidor também está investigando se houve falsificação de laudos em outros casos, o que agrava ainda mais a situação do laboratório.
Em resposta às acusações, o laboratório anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar as responsabilidades relacionadas aos diagnósticos de HIV em transplantes. A empresa, que atua no mercado desde 1969, se encontra em um momento crítico, sendo desafiada a esclarecer os fatos com urgência. O secretário estadual de Polícia Civil enfatizou a necessidade de investigação rigorosa e rápida, com o intuito de garantir que os responsáveis sejam punidos de forma célere.