Luiz Pires de Moraes, advogado de Santa Rosa de Viterbo, foi preso em setembro após três meses foragido e está sob investigação por sua suposta participação em um esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo. A defesa do advogado nega envolvimento em qualquer atividade corrupta e afirmou que não há evidências que justifiquem as acusações. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal revogou sua prisão, destacando a gravidade das condutas, mas alegando que não há necessidade de prisão preventiva neste caso.
O advogado é um dos alvos da Operação Churrascada, conduzida pela Polícia Federal desde junho, que investiga possíveis práticas ilícitas envolvendo magistrados em decisões que poderiam beneficiar indivíduos condenados em diversas regiões do Brasil. A operação levantou suspeitas de que Moraes teria buscado uma quantia significativa no Paraguai, supostamente para oferecer como propina a um colega advogado que tentava negociar a transferência de um traficante com um desembargador.
Além de sua atuação em Santa Rosa de Viterbo, Moraes também trabalhava em Ribeirão Preto. A defesa insistiu na inexistência de um esquema de corrupção dentro do Tribunal de Justiça, enquanto o desembargador mencionado negou qualquer envolvimento em atividades ilegais. O caso continua em desenvolvimento, com investigações em curso que buscam esclarecer os detalhes das alegações feitas.