A Polícia Federal está investigando um deputado federal suspeito de desvio de recursos da cota parlamentar, uma verba destinada a cobrir despesas de mandato, como o funcionamento de escritórios políticos. As investigações foram iniciadas após a análise de um celular de um assessor do parlamentar, que revelou indícios de um esquema criminoso. A PF realizou buscas em endereços do deputado, recolhendo arquivos e dispositivos eletrônicos, e encontrou grandes quantias em dinheiro em posse de assessores.
A investigação aponta que o deputado teria utilizado a cota parlamentar para financiar atividades de particulares, direcionando verbas para empresas e associações que não teriam relação com a função pública. Um dos locais que deveria abrigar um gabinete foi identificado como sendo usado para fins comerciais, incluindo uma loja e uma escola de inglês. Em mensagens obtidas, assessores expressam preocupação sobre o uso indevido de recursos públicos.
Em resposta às acusações, o deputado declarou que não cometeu nenhum crime e questionou a operação policial. Além disso, a PF investiga a criação de associações de fachada que estariam recebendo dinheiro de emendas, levando ao nome da operação, que faz referência a um transtorno de aprendizado. A apuração continua em busca de esclarecer os desdobramentos do caso e a participação dos envolvidos.
