A Polícia Federal deflagrou uma operação em 24 de outubro com foco em supostas vendas de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, resultando na apreensão de cerca de R$ 4 milhões em espécie e 40 armas. A investigação levou à apreensão significativa de dinheiro, incluindo cédulas de dólares, na residência de um desembargador aposentado, além de diversos documentos e dispositivos eletrônicos. A operação, nomeada Última Ratio, visa investigar crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão.
Durante a operação, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Campo Grande e Brasília. A investigação aponta para um esquema de corrupção envolvendo desembargadores do tribunal, resultando no afastamento de cinco deles de suas funções públicas. O Superior Tribunal de Justiça emitiu ordens para proibir o acesso a órgãos públicos e restringir a comunicação entre os envolvidos na investigação.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio de uma nota, informou que ainda não teve acesso completo à decisão que fundamentou a ação e, por isso, não pode emitir declarações sobre o caso. A instituição reiterou seu compromisso com a transparência e a legalidade, afirmando que irá fornecer atualizações assim que mais informações estiverem disponíveis. A reportagem também tenta contato com as defesas dos magistrados afastados.
