A Câmara Municipal e candidatos a cargos públicos de Guarujá, em São Paulo, estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil devido a indícios de fraudes em licitações. A operação, conhecida como Hereditas, revelou que o município estaria sob a influência do crime organizado, com a polícia afirmando que as instituições locais foram “sequestradas” por essa criminalidade. O relatório da investigação menciona oito contratos em vigor, que somam mais de R$ 70 milhões, associados a esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada.
As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil, que descobriram evidências de favorecimento a agentes públicos em troca de propinas. O relatório também destaca a conexão de um dos contratos no setor de limpeza com um líder de uma facção criminosa, evidenciando a relação entre a administração pública e o crime organizado na região.
Em resposta às alegações, a Câmara Municipal reafirmou seu compromisso com a ética e a transparência, afirmando que acompanhará de perto o andamento das investigações e que está à disposição das autoridades para esclarecer os fatos. A administração local ressaltou a importância da apuração de irregularidades para manter a confiança da população nas instituições públicas e reiterou que todos os acusados são considerados inocentes até que se prove o contrário.