A Itália prendeu quatro pessoas ligadas à Cosa Nostra, resultado de uma colaboração internacional com o Ministério Público Federal brasileiro. As prisões foram determinadas pela Justiça italiana em razão de crimes como extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta. Além das prisões, foram bloqueados mais de 350 mil euros e bens de empresas que atuam em setores imobiliário e de restauração, distribuídas entre Itália, Suíça, Hong Kong e Brasil.
As detenções fazem parte da Operação Arancia, iniciada em agosto, que investigou a presença da Cosa Nostra no Brasil, especialmente nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. As evidências sugerem que a máfia utilizou empresas de fachada para movimentar cerca de R$ 300 milhões em atividades ilícitas desde 2009, visando infiltrar-se no mercado imobiliário e financeiro brasileiro. A operação foi conduzida por uma equipe conjunta de investigação, que incluiu autoridades do Brasil e da Itália.
Recentemente, a Procuradoria em Natal denunciou indivíduos por envolvimento com a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além das prisões, o Ministério Público pediu a manutenção da prisão preventiva dos líderes da máfia, que já estavam detidos por outros crimes. As investigações continuam em andamento, evidenciando a complexidade da lavagem de dinheiro e as conexões internacionais da Cosa Nostra no Brasil.