A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta sexta-feira, 25, a Operação Discalculia, com o objetivo de investigar um suposto esquema de desvio de cota parlamentar ligado a um deputado e seus assessores. Durante as ações, foram apreendidos R$ 72 mil com um dos assessores. O deputado se manifestou nas redes sociais, alegando que a operação visa prejudicar seu candidato em um momento crítico, a poucos dias do segundo turno das eleições.
As investigações se concentram em alegações de falsificação de documentos que teriam sido usados para criar uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público, que supostamente desviaria verbas parlamentares. A PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em Brasília e em várias cidades do estado de Goiás, com ordens expedidas pelo Supremo Tribunal Federal. A operação investiga crimes como associação criminosa, falsidade ideológica e peculato-desvio.
O nome da operação, Discalculia, refere-se ao transtorno de aprendizagem relacionado a números, uma vez que a investigação revelou a falsificação de uma ata de Assembleia que data de 2003, com indícios de que o quadro social da organização era composto por crianças de 1 a 9 anos na época. A PF continua a apurar os fatos e as circunstâncias envolvidas nesse caso.